As feridas

“A arte é uma ferida que se torna luz” Georges Blaque

O artista transforma a realidade em beleza. É da ferida do Artista, da sua inquietação que nasce as mais belas obras de arte, essa beleza que transborda em verdade.

Diante da realidade que estamos vivendo, a arte tem sido esse lugar de descanso, esperança. Quantos artistas tem transformado as feridas que essa Pandemia deixou e tem deixado em nossa sociedade em beleza, em luz. Fecharam-se as galerias, museus, teatros, cinemas... mas a arte não ficou presa a essas estruturas, ela se reinventou, transbordou, continuou a cumprir seu papel transformador na sociedade. Partindo dessa citação de Geoges Blaque fui refletindo sobre a beleza do sofrimento. Já parou para pensar na ligação do Artista com o Cristo na Cruz? Cristo no ápice do seu sofrimento na cruz, transbordou beleza. Quando parecia que a morte tinha vencido, de uma ferida, do seu lado aberto jorrou Sangue e Água. Do sofrimento de Cristo na Cruz, brotou a beleza da Salvação. No sofrimento da cruz, Cristo restaurou a obra-prima da Criação: a humanidade, e assim tudo se fez novo. E o que temos feito com nossos sofrimentos e inquietações? Vamos transformá-las em Arte? Vamos transformá-las em luz?

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