Talvez essa afirmação pode nos chocar em um primeiro momento. Mas essa é uma verdade que precisamos declarar ao mundo: Sim Deus tem um coração.
É um grande mistério de amor, um Deus tão grande que em sua infinita misericórdia se inclinou até nós e se faz homem.
“E o verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1, 14)
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Na encarnação, como homem, Deus tem um coração.
O coração é o primeiro órgão a se formar no desenvolvimento embrionário e isso é impressionante. Me lembro ainda com emoção ao escutar as batidas do coração do meu filho no ventre da minha esposa ainda com poucas semanas de gestação.
É o coração que bombeia o sangue e nesse caminho, anima o corpo e leva a vida. O coração é assim um órgão vital, sem ele não temos vida. O coração é assim o órgão simbólico por excelência. Para Aristóteles, o coração é o receptáculo da alma. Para Platão, a sede dos sentimentos.
Então podemos afirmar que na Encarnação de Jesus no seio da Virgem Maria, o primeiro órgão a se formar foi o CORAÇÃO. E foi esse coração que alimentava a vida de Jesus no cotidiano até a sua morte na Cruz.
E no alto da cruz, quando Jesus ja estava morto, esse mesmo coração foi transpassado pela lança do Soldado e dele jorrou sangue e água, é desse coração que é gerada a nova humanidade, é desse coração que um novo tempo se inaugura.
E é esse coração aberto que nos convida nesse mês de Junho: “Vinde à mim”.
Vivemos um tempo de grandes desafios, talvez estejamos vivendo desafios bem particulares em nossa vida pessoal, estamos cansados, sedentos… e o convite que o Senhor nos faz hoje é ter a coragem de ir ao encontro do seu coração. Mas para encontrá-lo precisamos reconhecer essa grandiosidade: Deus tem um Coração.
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