Hoje em meio a tantos barulhos interiores, percebi que preciso silenciar. E assim logo me lembrei dessa reflexão que escrevi no ano de 2021.
Vivemos em uma sociedade saturada pelo barulho. Mesmo nesse longo tempo de isolamento social que vivemos o barulho nos é sempre imposto. Em um simples momento de vazio, logo mergulhamos nos nossos celulares e preenchemos esse vazio de informações, notícias, redes sociais...
E se preenchermos esse nosso silencio da presença de Deus? Você já experimentou o silencio na sua oração? Dom Dominique Rey, bispo da diocese de Frejus-Toulon na França, em um dos seus livros sobre Adoração nos fala que a oração é experimentar desse duplo silêncio: primeiramente esse silencio de Deus que não compreendemos, mas que continua a transformar nossas vidas... e em segundo o silencio do homem que é a resposta a esse SILENCIO divino.
Você já parou para perceber o silêncio de Deus?:
- Na encarnação, Ele se fez silêncio em um bebê;
- Continua silencioso, escondido em Nazaré por 30 anos;
- Se cala diante dos seus acusadores, na Cruz e ainda no sepulcro
- E na Eucaristia, onde contemplamos a sua presença, ele continua em silêncio.
E, portanto, é no silêncio que o Verbo se fez carne. É no silêncio do PAI que nasce o VERBO...
O homem tem necessidade do silêncio para descansar, escutar, falar, pensar, ler, admirar uma obra de arte. Em outras palavras, temos a necessidade do silencio para descobrir e desenvolver nossa vida interior, para crescermos em intimidade com Deus. O encontro se faz pelo silêncio, e no olhar vamos experimentando essa presença transformadora.
A vida precisa de silêncio. A oração é impensável sem o silencio. A música também é feita de tempos de silêncio. A arte é desenvolvida e admirada no silêncio. A semente morre e germina no silêncio...
E como você tem vivido esse silêncio no cotidiano? O que tem germinado em você?
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