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O Sábado santo de maria

  • Foto do escritor: Alexandre Santos
    Alexandre Santos
  • 7 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

Em sua obra, "O Segredo da Cruz", Santa Benedita Teresa da Cruz (Edith Stein 1891 - 1942) nos presenteia com uma meditação sobre o Sábado Santo de Maria.


***

« Maria, Teu Sábado Santo, como não imaginá-lo como um silencio perfeito? Assim que o sepulcro fechou, são João te conduziu na casa onde ele mesmo encontrou hospitalidade em Jerusalem. E tudo isso provavelmente aconteceu no silêncio. O silêncio diante do Teu sofrimento deve tê-los deixados mudos. Você somente os fez compreender que queria estar sozinha. Com certeza era impossível ir ao Sabbat como de costume e festejar no Templo, onde se encontravam aqueles que O crucificaram e que te apontariam o dedo. Estar sozinha era o único conforto, uma vez que as lagrimas encontraram o seu percurso. Se o Senhor chorou na morte de Lazaro, porque não chorar também após tudo o que aconteceu? Toda a tua vida que foi a Sua vida apareceu novemente diante da tua alma; todas as alusões sobre o sofrimento, todas as passagens dos profetas. E nisso tudo também o anuncio da Ressurreição. Aquilo que o Salvador explicaria aos discípulos no caminho de Emaus, tu dissestes a si mesmo: não seria necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar em Sua Gloria? Assim seu sofrimento se transformou em ação de graças pelo « Consummatum est » em uma espera silenciosa, confiante da manhã de Páscoa: no terceiro dia Ele ressuscitará. Eu não consigo pensar de outra forma que em Sua Presença. O que o Filho fez para a sua Mãe nesse dia santo que antecede a aurora da Ressurreição, só é possível de imaginar... Será que antes do nascer do sol, o anjo da anunciação não te conduziu sem barulho da casa onde estava hospedada até o sepulcro? Será que no sépulcro o Aleluia ressoou da boca dos anjos assim como o Glória em Belem? No deslumbrante amanhecer, Ele não teria avançado para fora do sepulcro envolto de uma luz brilhante em um jardim florido como no paraíso? Ninguém nos relatou esse encontro. Nenhum olho humano viu, nenhum ouvido percebeu, ele não mostrou ao coração de nenhum homem aquilo que o Senhor preparou para sua Mãe que O amava mais que tudo que pudéssemos imaginar. Se o tempo entre a Ressurreição e a Ascensão foi principalmente consagrado à preparação da Igreja nascente, podemos admitir que o Senhor preparou sua mãe mais que à todos nos mistérios do Corpo místico. Ela poderia ter morrido de dor aos pés da Cruz, e de alegria na Ressurreição, se uma graça particular de força não a tivesse guardado para a Igreja. Ela não tinha necessidade como os apóstolos da vinda do Espirito Santo para compreender os mistérios do reino. Ela teria recebido explicações sobre o mistério da Igreja, os sacramentos, o sacerdócio, para depois ajudar a formar a Igreja nos anos seguintes à Ascensão »

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Maria ensina-nos a viver o mistério do silêncio na alegria certa da Ressurreição. Ensina-nos a confiar e a deixar que o Espírito Santo nos leva a uma experiência profunda com o Cristo Vivo.

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© 2023 por Alexandre Santos. 

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