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Podemos realmente conhecer Jesus?

  • Foto do escritor: Alexandre Santos
    Alexandre Santos
  • 30 de mar. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de abr. de 2023

Mas como responder essa pergunta? Jesus não seria apenas uma projeção de um homem ideal?

A nossa tendência é vermos Jesus como um super-herói, como um homem ideal. Ou ainda temos sempre a tentação de ver Jesus somente pela ótica da nossa tradição, da nossa experiência, ou pela nossa cultura. Por exemplo:

  • O católico tradicional: apenas pela doutrina da Igreja

  • O protestante: somente pela Bíblia

  • A teologia da Libertação: somente pelo compromisso do povo oprimido

  • A teologia da prosperidade: somente pelo ângulo dos benefícios da graça.

É importante dizer que cada um desses pontos de vista tem sua parte de legitimidade. Devemos partir sempre pela inclusão ficando com aquilo que é bom, e não excluir o todo. A verdadeira teologia é universal e ela procura a harmonia de todos os pontos de vista.


Mas para você quem é Jesus? Qual a ótica que você tem utilizado para esse encontro?

Por isso quero apresentar três pilares que nos levam ao conhecimento de Jesus:


1) A Escritura

Aquilo que sabemos sobre Jesus nos é descrito particularmente pelos evangelhos onde lemos as suas palavras, feitos e gestos. Os evangelistas descrevem encontros, milagres, fatos marcantes.


Podemos ainda provar a existência histórica de Jesus com algumas fontes extra-bíblicas como por exemplo nos escritos do judeu Flávio Josefo, entre outros escritores pagãos contemporâneos de Jesus. Mas mesmo com essa confirmação histórica, podemos confiar nas palavras e milagres que foram transcritos pelos evangelhos?


Não podemos esquecer que a Bíblia não é um livro que caiu do céu, e que a vivência que aqui chamaremos de Tradição precede a escrita. Assim a Escritura Sagrada primeiramente ela foi mergulhada no ambiente dos seus contemporâneos, antes de escrita ela foi vivenciada.


Então o primeiro ponto que apresento onde podemos conhecer Jesus é relendo a sua vida transcritas nos Evangelhos. Ja escutei muitos testemunhos de pessoas que tiveram uma experiência pessoal com Jesus ao ler os Evangelhos.


2) A Tradição

Outra forma de nos encontrarmos com Jesus é pela tradição. Talvez você já escutou ou até mesmo disse, minha família é tradicionalmente cristã, católica, ou mesmo evangélica.


Se olharmos de uma forma mais geral a tradição parte daquilo que já foi dito sobre o Messias no Antigo Testamento: O Servo Sofredor de Isaias e dos Salmos, mas também do sacrifício de Isaac, Abel, etc. Então existe uma tradição que antecede a existência histórica de Cristo, e existe também uma tradição posterior: assim os evangelistas, Paulo e outros vão formalizar suas experiências escrevendo cartas, ensinamentos. E podemos ver a Tradição que foi sendo construída ao longo da história da Igreja.


A tradição primeiramente é transmitida de forma oral e somente depois ela foi formalizada pela escrita da Bíblia. A Tradição é a experiência contada de pais para filhos. Assim a religiosidade sobreviveu por séculos onde a nossa fé era transmitida de geração em geração. Hoje falamos muito que recebemos a fé dos nossos pais.


Ela é importante pois é a raiz, percebemos nela traços da manifestação de Deus na existência humana. Sim podemos conhecer Jesus através das nossas raízes cristã. Mas para ter uma fé mais profunda é necessário ter uma experiência com a pessoa do Cristo.



3) Uma experiência concreta

Importante dizer que antes de se tornar uma tradição ela é uma experiência, primeiramente pessoal que aos poucos é conduzida a uma experiência comunitária daqueles que vivem a mesma fé. Assim aconteceu em toda a história Bíblica: a experiência de Moisés levou-o a libertar os judeus da escravidão do Egito. Da mesma forma acontece em nossos dias. A experiência com Jesus sempre nos leva a um lugar, ao encontro com outras pessoas.


Nos evangelhos vemos que os fariseus são aqueles que automaticamente julgaram Jesus exteriormente, igualando-o com as pessoas que eles conviviam. Eles param no aspecto exterior de Jesus, porém Jesus convidou seus contemporâneos a uma experiência pessoal, a experimentar e viver o seu cotidiano.

"Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia." São Marcos, 3, 13-14

Chamou-os para ficar em sua companhia, para estar com Ele.


Então existe esse vai e vem incessante entre Experiência - Tradição - Escritura.


Tudo nasce da Experiência pessoal com Jesus, que nos leva a uma vivência comunitária da nossa fé. É da experiência que nasce novos projetos, novos caminhos, que assim vão se tornando tradição ao ponto de ser escrita. E assim a presença de Deus vai conduzindo a história da humanidade.


E você conhece Jesus? Qual foi a sua experiência?

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© 2023 por Alexandre Santos. 

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